Oi, tudo bom?

Eu sou Luísa e este é o CherryMonkey. Eu não sei o por quê do nome, eu sonhei e me pareceu bom... Bem, nesse Blog eu vou escrever sobre qualquer coisa que eu pense. Eu gosto de pensar, dizem que faz mal, mas eu não ligo. Só queria falar para vocês que são muito bem-vindos aqui (por isso eu tenho um daqueles marcadores de quantas visitas eu já tive no Blog, para saber quantos de vocês existem). Por favor, não me cobrem coerência e ideias que façam o mínimo de sentido baseadas no mundo real. Acho que esse Blog é para pessoas que também gostam de pensar e que não têm nada para fazer no momento. É isso.

Ah! E eu gosto muito de escrever em itálico e de vírgulas. São os meus pequeno vícios...

Quer pensar comigo?

domingo, 2 de janeiro de 2011

Garotos e Garotas

Bom, hoje eu vi um filme, um musical para ser mais precisa, de 1955. Ele é baseado em um antigo musical da Broadway chamado Guys and Dolls (Caras e Bonecas).
É uma comédia musical que se passa na Time Square (muito diferente da Time Square de hoje em dia, mas com a mesma correria e atividades ilegais acontecendo 24h por dia), falando sobre um homem que opera apostas com dados e sobre um apostador, que agora eu não me lembro se é de L.A. ou de Las Vegas. O operador, Detroit é seu nome (Frank Sinatra), está noivo há 14 anos de uma dançarina de Cabaré chamada Adelaide (Vivian Blaine). O apostador é Sky Masterson (Marlon Brando), um homem que gosta de fazer apostas altas (por isso "Sky", que significa céu) e com qualquer coisa. Ele então aposta com Detroit que consegue levar a missionária do bairro, interpretada por Jean Simmons, pra Havana, Cuba, no dia seguinte (nota: eles nunca haviam se visto antes).
Então, no decorrer da história, você consegue perceber que há dois grandes temas no filme: sorte (com os jogos e tudo o mais) e o amor e as relações na época.
O primeiro tema pode ser claramente percebido na cena, já no final do filme, onde todos os apostadores estão no esgoto da cidade, jogando, para que ninguém descubra-os e Sky chega com uma proposta meio maluca. Ele então canta 'Luck be a lady', um dos maiores sucessos do filme e da peça. Enquanto ele cantava essa linda canção, onde ele pedia à sorte que fosse uma dama apenas com ele aquela noite, eu pensei: 'O que é realmente a sorte?' Quero dizer, será só mais um desses folclores que inventamos para preencher o vazio da dúvida e da falta de respostas ou será realmente alguma coisa que está lá para ajudar-nos a atravessar essa vida difícil com um pouco mais de felicidade, dinamismo e... Na falta de outra palavra, sorte? E, se for o segundo caso, como podemos nós fazer nossa própria sorte? Se a sorte é sobre passar embaixo de escadas e achar moedas no chão, como faziam os nossos antepassados australopitécos que não gozavam de tais objetos?
Olha, na minha opinião, sorte é algo como o carma, mas um pouco diferente. Se você acredita que pode ter sorte, é bem capaz da sorte vir e fazer coisas boas acontecerem, mas não é uma ciência exáta, às vezes, você simplesmente não tem sorte. É a vida, continue acreditando, siga em frente, quem sabe na próxima a sorte não bata na sua porta?
Pode ser até que a sorte não exista, mas que algumas coisas realmente parecem muito com ela, parecem. Mas meu conselho é não contar com uma dama tão volátil.
Um outro tema que eu queria discutir, muito abordado no filme é o amor e os relacionamentos. Em certo ponto do filme, Detroit e mais dois homens que trabalham para ele cantam uma música chamada The Guy's Only Doing it for Some Doll. Nela eles falam sobre homens fazendo de tudo para conquistar a mulher, para ganhar dela apenas um beijo. E isso me tocou, porque hoje não há mais todo esse ato da conquista e, coincidentemente, eu vi um trecho de um programa no GloboNews hoje que falava sobre os Boêmios e comentou esse assunto. A conquista e a sedução pela fala, pelo conhecimento e pela imagem acabou. Com as músicas altas das boates nós não temos mais essa cultura de conversar e conhecer. É praticamente chegar, beijar, trocar telefones e partir para a próxima. Vocês podem dizer que eu estou exagerando, mas no fundo é isso mesmo e isso não me agrada. Como você consegue beijar alguém que daqui há duas horas é capaz de você esquecer o nome? Toda a intimidade acabou, todo o contado, a emoção. E não achem que eu não me sinto uma velha falando isso, mas já informei que nasci na época errada. Eu simplesmente não consigo chegar em um lugar e ver todas aquelas pessoas ouvindo música alta demais, em pé, segurando copos de plástico meio tombados para o lado e gritando no ouvido uns dos outros para poder conversar. É, para mim, muito melhor conhecer pessoas em um bar com música mais baixa, como um fundo musical, ou música ao vivo e com mesas para apoiar os copos, sentar-se com calma, olhar a sua volta e conversar com as pessoas. Não parece mais fácil? Talvez seja porque eu não bebo, ou porque eu realmente nasci errado.
Eu estou levando essa postagem pro lado muito sentimental, não é? Bom, o fato é que eu acho que nós deveriamos incorporar um pouco dos musicais da Broadway para a nossa vida. Tornando-a mais divertida e mais sortuda.

A citação de hoje é Macbeth, Shakespeare:
" A vida é uma história contada por um idiota, cheia de sons e de fúria, que não significa nada"

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